quinta-feira, 17 de setembro de 2009

A arte através da coletividade

Espaço reune as mais variadas formas de expressões artísticas
Harmonizar o corpo e a mente e a partir daí poder vivenciar novas experiências através das várias expressões artísticas. Este é o mote principal dos cursos e oficinas que são ministrados no novo espaço dirigido pela artista plástica Ana Borges. A Casa das Artes, localizado na Rua do Ribeirão, Centro de São Luís, o local congrega música, dança, fotografia, percussão, expressão corporal, artes plásticas e até meio ambiente.

A idéia, segundo Ana, é justamente permitir que as pessoas que busquem o espaço possam encontrar mais que técnicas sobre as artes no período das férias. Trata-se sobretudo de uma junção harmônica entre o físico, o mental, o social e o cultural. “A idéia é possibilitar que a pessoa possa ver o mundo através da arte e que isso a influencie na maneira de se relacionar consigo e com o meio, principalmente com a natureza”, explicou.

Tambor de crioula, pintura em tela, yoga, fotografia, modelismo naval, cinegrafia, biojóias, história da arte, papel reciclado, grafitagem. Estas são apenas algumas das atividades que são ministradas pela própria Ana, Jota Júnior, Sidney Collins, Wanderson Lima, Paulo Socha, Mestre Amaral, Nuna, Adriana Arlem, Jonilson Bruzaca entre outros artistas.

As inscrições já estão abertas e mais informações podem ser obtidas através dos telefones (98) 3221 1882 e 8826 9101, com Ana ou Josélio Alves. O casarão fica situado na Rua do Ribeirão, 226 – Centro. São Luís. MA -Brasil

MONSTROS - Caricaturas

O projeto Monstros é uma homenagem do artista Jonilson Bruzaca e da jornalista Zina Nicácio a alguns dos grandes artistas maranhenses que contribuíram e continuam contribuindo para o fortalecimento da cultura em nosso país, e logicamente no mundo, mas, infelizmente estão relegados ao esquecimento; muitos deles nunca foram sequer (re)conhecidos pelo grande público. Artesãos, escultores, artistas plásticos, desenhistas. O projeto possui um blog que apresenta algumas curiosidades desses "Monstros", a cerca de suas obras e vida.

Conheça algumas curiosidade sobre Joacy Jamys, Fernando Gallas dentre outros artistas, além de suas caricaturas.

Apesar do título, os autores deixam bem claro que não querem criar nenhuma polêmica, mas, eles confessam que ficariam satisfeitos se você ficasse assustado.

SUSSURROS

Foi através de suas andanças pelo interior do Maranhão como promotor público que o poeta Eduardo Borges juntou bagagem para fazer Sussurros. Uma coletânea de poesias recheadas de sentimentos angustiantes e nem por isso não belos, oriundos de quem conheceu de perto a pobreza e a condição de exclusão a que está submetida a grande maioria da nossa população.

Sussurros, o livro de estréia do ludovicense Eduardo Borges reúne uma coleção de poesias produzidas ao longo de oito anos. São textos idiossincráticos, como ele mesmo as define, surgidas de sua vivência e observações e é também um contraponto ao discurso literário sobre a verdade convencionada.

Autocrítico, Eduardo se define como um experimentador e diz estar longe de ser um artista. "Ser poeta para mim, é uma conquista que nasce do labor renitente. A arte é uma opção de vida, é um trabalho que exige dedicação". Para ele, Sussurros configura-se uma nova etapa, a qual revelará seu papel como artista. Esta trajetória, segundo (o poeta maranhense) Nauro Machado já está definida, como ele escreve na apresentação do livro. "Eduardo Borges neste seu livro de estréia indica e nos revela um percurso que haverá de levá-lo à plena realização dos seus versos, sobretudo nos poemas curtos, de uma contenção ancorada pela imagística que lhe é própria e de sugestiva força criadora".
O livro "Sussurros" possui 80 pgs, custa R$ 20,00 e é encontrado na Casa da Arte.
Confira também poesias e reflexões no blog do poeta: biografiadoluto.blogspot.com

quarta-feira, 16 de setembro de 2009

Cupim - Leah Miller

A arte em construção
Exposição da inglesa Leah Miller-Biot inaugura o espaço coletivo da artista plástica Ana Borges
Através da abstração a artista plástica inglesa Leah Emma Miller-Biot foi montando seu universo pictórico colorido que pode ser apreciado no período de 06 a 11 de agosto aqui, na Casa da Arte. O trabalho, composto por sete telas de técnicas variadas, é resultado da vivência de Leah em São Luís, o qual ela denominou “Cupim”.

Na capital maranhense há dois meses, Leah Miller-Biot iniciou seu trabalho inspirada nas cores e formas da casa onde está hospedada, localizada no Centro da cidade. “É tudo muito colorido. As paredes, as redes, os azulejos, as mantas que cobrem as cadeiras. Todas estas cores e formas me fascinaram, então comecei a pintar”, explica sobre o seu processo de criação. A artista, que é formada pela Escola de Artes de Glasgow, na Escócia, refere-se a “Cupim”, como sua primeira exposição.

“Já havia exposto antes, mas somente na Europa; na Escola fiz algumas coletivas durante o curso e uma individual ao final. Entretanto, esta é de fato, minha primeira exposição como profissional”, revela.

Sempre com uma câmera fotográfica na mão, Leah esteve atenta a cada referência, até deparar-se com uma trilha feita por uma colônia de cupins, na parede da casa onde está hospedada. “Foi a partir daí que resolvi intitular a exposição de Cupim, pois é mais ou menos como sinto: um cupim que vai construindo sua casa através de elementos da casa de outros. É assim a minha arte. Vou pegando pedacinhos daqui e dali para ir construindo o meu trabalho. Neste contexto, não penso da destruição que o cupim inevitavelmente provoca; gosto de pensar que estou tirando um pouquinho de cada coisa e formando o meu trabalho e consequentemente as lembranças que levarei quando partir”, comenta a artista que também é poetisa.

Exposição – O primeiro trabalho de Leah Miller-Biot inaugura o casarão de Ana Borges e do produtor cultural Josélio Alves como um espaço coletivo voltado não só para capacitação, mas também para exposição. Quem for prestigiar a vernissage estará participando ainda de um sarau que contará com uma performance da poetisa Kátia Dias.

“Na realidade será um momento artístico, que vai congregar poesia, artes plásticas e música, porque também vamos contar com uma discotecagem”, antecipa Josélio Alves.

Segundo Josélio, a idéia de realizar esta primeira exposição com uma artista ainda desconhecida do público maranhense, consolida a proposta do espaço que ele está dividindo com Ana, e que desde o início de julho abriga vários cursos. “Queremos tornar esta casa num espaço de fruição das artes, sejam elas de que vertente for. Um local onde o artista se sinta bem e possa democratizar a sua criação com o público”, sintetiza.

Sobre a artista – Leah Emma Miller-Biot nasceu na Inglaterra e viveu dos sete aos 15 anos no Brasil, sendo quatro em Manaus e três em São Luís. Aos 15 voltou para a Inglaterra tendo estudado em um colégio interno até ingressar na Escola de Artes de Glaslow, onde estudou por cinco anos. Sua influência veio principalmente por parte da mãe, também artista, que segundo ela, nos tempos que viveram no Maranhão, envolveu-se com grupos folclóricos e participou dos festejos do Divino Espírito Santo.